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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Brasil x Portugal - Cadê os Mídias?


Até o dia do jogo, eu tive esperança de que alguma agência de publicidade iria aproveitar essa maravilhosa oportunidade para colocarem seus clientes em evidência, para colar a imagem de seus clientes a esse evento que tem uma áurea mágica. Infelizmente, isso realmente não aconteceu.

Após três anos de reforma e um investimento de R$ 50 milhões, o estádio Bezerrão é o primeiro estádio brasileiro a atender todas as exigências da FIFA em relação à Copa de 2014. A partir de agora, o Bezerrão é um dos estádios mais modernos e com excelente infra-estrutura do Brasil. O estádio conta, por exemplo, com vestiário feminino para as árbitras e com sistema de irrigação computadorizado. O próprio técnico Dunga afirmou que "apesar de pequeno, é muito bem feito. Tem clima europeu". Justamente por causa da sua capacidade de público, o estádio não pode sediar grandes jogos internacionais. Durante a copa de 2014, e intenção é que ele seja um centro de treinamento para as seleções internacionais.

Pela primeira vez em sua história, o Gama receberá uma forte seleção internacional, cujo um dos jogadores é um forte candidato a receber o próximo prêmio de melhor jogador do mundo. Pela primeira vez em sua história, o Gama receberá a seleção brasileira de futebol, cujo um dos jogadores é seu filho. Kaká nasceu em 22 de abril de 1982, no hospital do Gama. De acordo com o próprio jogador, o evento terá um clima muito especial, pois ele jogará pela seleção brasileira, em Brasília, na cidade onde nasceu.

Diante de tais fatos, é inacreditável perceber que não houve qualquer movimentação por parte das agências em aproveitar esse evento tão especial para Brasília e, principalmente, para o Gama. Não houve qualquer mensagem de algum anunciante que pelo menos tentasse "pegar carona nessa onda". Nenhuma loja de materiais esportivos anunciou camisas das seleções, chuteiras ou qualquer outra coisa referente ao futebol. Nenhuma empresa de tecnologia fez qualquer menção à modernidade do estádio e tentou trazê-la para sí. Nada...

Concordo que há jogo político, que há outras intenções. Muitos interesses podem estar envolvidos, mas a massa, o povão consumidor que idolatra o futebol brasileiro e, ultimamente, o europeu, não quer nem saber; quer festa!

Fico um pouco indignado, pois há meses busco oportunidade profissional em alguma agência de publicidade, colocando-me como Produção e Assistente de Mídia. Ultimamente, tenho investido mais na carreira de Mídia. Quando as oportunidades aparecem, me candidato cheio de gás para trabalhar, para inovar. No entanto, o que ouço é que querem pessoas com mais experiência... de pelo menos um ano...

Agora, fico me perguntando: "- Por que os mídias "experientes" (ou agências) não aproveitaram o evento Brasil x Portugal, que já é anunciado há um ano, para, pelo menos, fazer um anúncio de oportunidade?" Realmente, acho isso muito estranho, pois já faz umas duas semanas que existem ao menos três frontlights no Park Way, na pista de acesso ao Gama, disponíveis... Pô! Três fronts em uma das pistas mais movimentadas do DF e que dá acesso ao estádio Bezerrão!!..

Será que em um próximo evento vão continuar engolindo mosca?!

Abraço,
Hernani Santos

Filmes de longa duração no Youtube

A novidade é resultado de um acordo entre a Metro Goldwyn Mayer (MGM) e o Youtube, anunciado segunda-feira, dia 10/11/08. Além de filmes, como O Monge à Prova de Balas e Legalmente Loira, também serão veiculados seriados, programas de entrevista, de auditório, comédia e desenhos animados. O faturamento será feito através de inserções de publicidade durante a exibição dos conteúdos.
O alvo dessa iniciativa do Youtube é seu concorrente Hulu que recebeu mais de 6 milhões de visitantes no mês de setembro, possui acordos comerciais com mais de 100 patrocinadores, além de ter caido no gosto dos executivos da indústria de Hollywood. Por enquanto, a única coisa que pesa contra o Hulu é o fato de o seu conteúdo estar disponível apenas para internautas sediados nos EUA.
A iniciativa, tanto do Hulu quanto do Youtube, nos permite pensar em uma adaptação à realidade do Brasil. No Youtube, é possivel encontrar programas inteiros da TV brasileira, apesar de seqüenciados, como por exemplo Malhação 1/3, Malhação 2/3 e Malhação 3/3. As emissoras de TV podem utilizar o site, de maneira oficial, para exibir programas ou os seus melhores momentos. Assim, um acordo comercial entre o Youtube e as emissoras brasileiras pode seguir os mesmos preceitos do acordo feito entre aquele e a MGM. O Youtube, e outros sites semelhantes, podem trabalhar diretamente com as agências de publicidade, independentemente do conteúdo das emissoras de TV. De acordo com o vídeo, é possível inserir uma espécie de rodapé com os materiais dos anunciantes.
Os sites de vídeos são acessados por milhões de brasileiros diariamente. São pessoas que desejam rever o que foi veiculado em alguma emissora ou ver o que não viu. São pessoas que procuram os mais variados tipos de assuntos que não estão disponíveis na TV aberta ou mesmo fechada e que podem ser vistos a qualquer hora do dia ou da noite. Utilizando-as de maneira adequada, essas mídias online podem trazer ótimos resultados.
Será que, no Brasil, tal iniciativa traria bons resultados?
Abraço,
Hernani Santos

3º Campeonato Brasileiro de Futebol Digital em Brasília


Na monografia, tratei sobre a possibilidade de considerarmos a publicidade em videogame como mais uma ferramenta a ser utilizada na estratégia de Mídia, na busca pela interação entre empresas e um grande número de consumidores que vêem nos videogames uma ótima fonte de entretenimento.

Ao longo do trabalho, são abordados o início do videogame, o surgimento da indústria, a crise, a consolidação como grande fonte de entretenimento. Em seguida, é tratada a publicidade: porque anúncio em jogos funciona, tipos de anúncios, prestadoras desse serviço. E ao final, um estudo de caso.

Nas considerações finais, é abordado o receio de que a indústria do videogame, e sua utilização como ferramenta publicitária, não se desenvolva no Brasil por fatores econômicos e pela ausência de uma política dura contra a pirataria que é a principal responsável pelo distanciamento dos grandes fabricantes de jogos e consoles do país. Dessa maneira, o mercado permanece frio em relação aos profissionais que desejam trabalhar com esse entretenimento.

No entanto, recentemente percebi que não estamos restritos à inserção de anúncios dentro dos jogos. Também podemos fazê-los fora, através de eventos voltados exclusivamente para os jogos digitais.

Foi o que aconteceu com o 3º Campeonato Brasileiro de Winning Eleven, realizado de 24 a 26 de outubro de 2008 no Taguatinga Shopping. O evento contou com a participação de 256 jogadores vindos de vários Estados e do Distrito Federal, que disputaram um Fiat Uno 0 km como prêmio. O segundo colocado levou um PlayStation 3 e o terceiro um PS2.

O campeonato de 2008 teve o patrocínio da Kid Games, FIAT, Balli, Spoleto, Bob´s, NC Games e Super Bolla. A cobertura oficial do evento ficou a cargo da Editora Europa, da revista especializada GameMaster e da Jovem Pan Brasília.

É evidente que todo o evento se tornou uma grande mídia, além de ter funcionado como ferramenta de marketing aos seus patrocinadores e apoiadores. Essa foi uma ótima ocasião para associarem suas marcas e produtos a um entretenimento preferido por milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Dessa maneira, as empresas que investiram no evento garantiram uma experiência positiva com os consumidores que as terão em primeiro lugar (top of mind) no momento do consumo.
Abraço,
Hernani Santos

Preço é o principal motivo para consumo de mercadoria pirata

De acordo com a pesquisa “Ética – Consumo ético e consciente”, realizada pela Canal Varejo e o Programa de Administração de Varejo (PROVAR) da Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade conveniada com a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), 91,7% dos entrevistados afirmam que sempre fazem ou recentemente compraram um produto pirata.

Diante dos altos preços dos CDs e DVDs, que estão em primeiro lugar no ranking geral de produtos pirateados mais consumidos, a única alternativa para o consumidor é a pirataria.

O Conselho Nacional de Combate à Pirataria argumenta que para cada emprego informal criado (barraca de camelôs), seis formais são perdidos. Além disso, cerca de dois milhões de vagas de empregos são fechadas (ou deixam de ser abertas) todos os anos por causa da “pirataria”. De acordo com o professor Dr. Claudio Felisoni de Angelo, coordenador geral do Provar/FIA “A pirataria é um problema cultura e social no Brasil. O consumidor, ao adquirir um produto falsificado, não sabe o mal que causa a si próprio e ao desenvolvimento do país.

Mal a si próprio!?
Não que eu esteja defendendo a pirataria, mas por que pagar R$ 45,00 em um DVD se você pode tê-lo a R$ 10,00? Além disso, há dias procuro um jogo para o meu PS2. Pelo fato de o console ser “bloqueado”, só roda jogos originais. Assim, procurei em várias casas como: Lojas Americanas, Carrefour, Fnac, CTIS, site Submarino... nada! Só me restou procurar em camelôs, e o resultado não poderia ser outro. Além de ter encontrado, pude testá-lo, coisa que com um jogo original não é possível, e ainda me saiu a R$ 15,00; um original não teria saído por menos de R$ 100,00.

Justamente por questões sociais, é muito difícil o combate à pirataria. De um lado as gravadoras, o Conselho de Combate à Pirataria e outros órgãos falam sobre os malefícios da pirataria, e de outro lado temos, na prática, os seus benefícios, ou seja, preço baixo, acessibilidade e outros fatores. Aqueles consumidores que têm consciência sobre o assunto acabam ficando entre a cruz e a espada.
Multinacionais
A China Audio Video Warner (CAV Warner), empresa mista da Warner na China, em colaboração com o Governo, decidiu combater a pirataria de seu filme "Superman, o retorno" colocando à venda a primeira versão mundial de DVDs a partir de US$ 1,70 com apenas dois meses e meio após a estréia nos cinemas. A companhia também ampliou sua rede de distribuição, dos 5 mil pontos de venda iniciais para 8 mil. Assim, antigos vendedores da versão pirata se transformaram em vendedores oficiais.

A CAV Warner adere assim à tendência das grandes distribuidoras internacionais de corrigir suas estratégias para combater as perdas causadas pela pirataria. Muitas delas estudam incentivos e vantagens suficientes para que o consumidor prefira pagar um pouco mais e adquirir o disco original.

No Brasil...
Para o cantor carioca de rap BNegão, além do alto preço cobrado por CDs e DVDs, o “jabá” é um problema muito maior que a pirataria. “Você não pode ouvir Ivan Lins no rádio, que acabou de ganhar o Grammy e vários prêmios mundiais. Não pode ouvir Yamandú Costa, Nação Zumbi e várias outras coisas. Todo mundo acaba tendo que tocar fora do Brasil. É um exílio cultural o que vem acontecendo no país”.

BNegão fez o que chama de trabalho “off circuitão” e colocou suas músicas na internet. Ganha dinheiro com shows pelo país e exterior. Seu CD foi lançado no Brasil por um selo independente e é vendido a R$ 15.
O que fazer?
Entidades de classe, artistas e gravadoras precisam se adequar à realidade. Além de trabalhar com base nos exemplos citados, uma campanha de conscientização precisa ser feita mais centrada na realidade econômica das pessoas e não simplesmente: “Pirataria: tô fora!” (campanha do Ministério da Justiça - www.mj.gov.br/combatepirataria - http://www.piratatofora.com.br/). Por que eu estaria fora se eu só tenho benefícios? É exatamente isso que a campanha deveria responder.

Além disso, deveria ser feita de uma maneira ampla, com a utilização de TV, jornais, revistas, notícias em telejornais e inclusive novelas. É claro que, paralelamente a isso, também deve ser trabalhada a questão do desemprego, principal motivo da proliferação de camelôs.

A atividade de “lobbying” também pode ser trabalhada “junto ao governo, visando à imposição de sanções contra os países que toleram a pirataria de produtos” (Helsen & Kotabe, 2000).

Com essas medidas o mercado ficará melhor tanto para as grandes gravadoras, quanto para artistas e consumidores.
Abraço,
Hernani Santos