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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Em Brasília, Santa Catarina precisa de voluntários


Os números nos mostram até o momento que:

- 118 pessoas morreram – 98% vítimas de deslizamentos;
- Das 35.325 pessoas que dormem em abrigos, cerca de 8 mil tiveram suas residências totalmente destruídas. No mínimo, 25 comunidades estão condenadas pela Defesa Civil, não havendo mais maneiras de reocupação. Assim, muitos não retornarão para casa;
- Os terrenos atingidos pela grande quantidade de chuva vão demorar pelo menos 6 meses para se estabilizarem. Até lá, o solo continuará instável e sujeito a deslizamentos;
- Além da rodovia federal BR-470, bloqueada entre os quilômetros 41 e 47, na região de Gaspar, outras seis rodovias estaduais ainda estão com trechos bloqueados: SC-401, do Centro ao Norte de Florianópolis; SC-407, próximo ao Portal de São Pedro de Alcântara; a SC-416, de Jaraguá do Sul a Pomerode; a SC-431, em São Bonifácio; a SC-466, do município catarinense de Itá ao Rio Grande do Sul; e a SCT-477, entre Doutor Pedrinho e Benedito Novo.

Toda a cobertura dos jornais e telejornais nos impacta a cada dia, narrando histórias de desespero e de desolação. Histórias de pessoas que trabalharam a vida inteira para construir um lar, e de pessoas que tinham no quintal de casa o seu meio de subsistência, de sobrevivência.

Não há como ficar indiferente à tamanha tragédia. Não há como sentar diante da TV e ficar apenas sentindo pena daquelas pessoas. Pensando assim, decidi me juntar aos voluntários que estão neste exato momento arregaçando as mangas para efetivamente ajudarem o Estado de Santa Catarina.

Ontem, dia 03/12/2008, fui ao ginásio da PMDF para ajudar as pessoas que estão trabalhando incessantemente para dar conta das dezenas de toneladas de donativos para a Campanha S.O.S Santa Catarina – Brasília Solidária. Todos os órgãos do GDF, inclusive todas as unidades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiro, Defesa Civil e estações do metrô, estão recebendo as doações. Todas as arrecadações são concentradas no citado ginásio. Até as 18:00h, foram arrecadadas 168 toneladas de doações.

Antes de tudo, ressalto que a montanha de roupas, de uns 6m de altura, é a primeira coisa a chamar a atenção no momento em que se entra no ginásio. Todo o trabalho consiste em várias triagens: roupas; roupas de cama e de banho; calçados; produtos de higiene pessoal; e alimentos. A todo o momento, caminhões encostam às portas do ginásio para as pessoas descarregarem as doações, passando as caixas e sacolas de mão em mão. Do outro lado, da mesma maneira, caminhões são carregados com os donativos já processados, e em seguida despachados.

Tudo é bem organizado e os voluntários são bem orientados. A todos, são disponibilizadas luvas, máscaras (extremamente necessárias para quem irá lidar com as roupas), lanches, água e até marmitas com refeições. No início, fica-se um pouco perdido, mas quando o sangue esquenta e se entra no ritmo, ninguém quer parar.

Em todos os lados é possível ver pessoas correndo, carregando peso, algumas trabalhando agachadas, outras descalças, e todas com muito suor no rosto. Todos são muito solícitos em dar qualquer tipo de orientação ou ajuda. É maravilhoso ver as pessoas trabalhando com tanto afinco, tanta dedicação. Em um determinado momento, uma senhora levantou-se do chão, queixando-se de fortes dores nas costas por causa da posição. Um voluntário disse a ela para que ficasse trabalhando junto às mesas (na triagem de roupas, onde eu também estava). Eu achei que ela iria embora, mas, aproximando-se da mesa e já pegando algumas roupas, ela perguntou como o trabalho estava sendo feito ali. Ou seja, mesmo sentindo dores, queria continuar. É curioso ver que as pessoas não estão trabalhando ali por dinheiro, status, algum tipo de reconhecimento, fama ou qualquer outro tipo de recompensa, a não ser a espiritual; a sensação de dever cumprido.

Não há como não se sentir extremamente motivado em meio a essas pessoas. E tal motivação também é reforçada pelos objetos que encontramos. Durante a triagem das roupas, é claro que encontrei roupas bastante surradas e velhas, mas também passaram pelas minhas mãos roupas novíssimas, algumas ainda com a etiqueta de loja. Algumas doações já estavam prontas para serem encaixotadas, pois já vinham determinadas a idade e o sexo das roupas. Outras vinham com recibos de doações assinados por crianças. Em um dos sacos, encontramos saquinhos de mel enviados por uma criança. Nesse momento, alguns se comoveram. Apesar de tanta motivação e da vontade de continuar ali, meu corpo já não agüentava mais; fui obrigado a parar às 18h:30min.

Em meio a toda essa mobilização, há apenas um ponto negativo: o baixo número de voluntários. Até ontem, do total arrecadado, foram despachadas apenas 15 toneladas. Ainda há muito trabalho a ser feito. As doações não param de chegar, e há poucas pessoas para processar todo o material. 30, 40 ou 50 pessoas é pouco para as toneladas de donativos arrecadados pelo DF que é recordista nacional de arrecadação.

No próximo sábado, irei novamente ao ginásio da PMDF para ajudar nas tarefas. Gostaria muito que todas as pessoas que, por ventura, fiquem de bobeira durante a semana ou no final de semana, ajudassem a processar todo o material arrecadado. Sempre ouvi pessoas dizendo que fazer o bem ao próximo é muito gratificante. Pela primeira vez, sinto isso em meu coração.

Convido você para, efetivamente, ajudarmos o Estado de Santa Catarina.

Compareça, convide alguém ou espalhe esta semente. Vamos transformar nossa comoção em ação.

Um abraço,
Hernani Santos.

Obs.: O ginásio da PMDF fica próximo à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) que fica na SPO Área 05, Quadra 01, Asa Sul.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Philips adquire primeira cota de mídia gráfica do Orkut no Brasil

A tecnologia nos permite uma série de interatividades. A maior delas é a troca de experiências e afinidades em blogs, grupos de discussão e sites de relacionamentos.

A utilização dessas ferramentas está aumentando de tal maneira, que já faz o mercado de comunicação pensar em empregá-las, seriamente, na tentativa de alcançar um grande público que talvez possa ser o responsável pela mudança da forma como a sociedade consome a TV e a internet. É um público que, influenciado pelo poder de interação proporcionado pela tecnologia, não quer apenas ouvir, ler ou simplesmente absorver o mundo, mas que ser ouvido, quer ser lido, quer interagir, quer influenciar o mundo que o cerca. Em suma, é um público que se deixa afetar, contanto que ele também o possa.

Talvez com base em tal constatação, a Philips tenha sido o primeiro anunciante a adquirir uma das cinco cotas de mídia gráfica do Orkut, oferecidas no Brasil pela primeira vez.

O vice-presidente de mídia e sócio da agência África, empresa responsável pela conta da Philips, Luiz Fernando Vieira, afirmou que a agência trabalha para que os clientes estejam sempre na liderança e que sejam pioneiros no uso de mídia. “Esta é uma ação que vai permitir à Philips falar diretamente com o seu público-alvo, por meio dos vários canais que o Orkut oferece”.

A campanha ficará no ar até o dia 25/12/2008, utilizando uma espécie de Banner (Square). Serão divulgados produtos das linhas de barbeadores elétricos, depiladores e mp3, bem como a campanha Desafio Philips, com Ivete Sangalo.

Devo dizer que ambos estão de parabéns. A agência África, pela iniciativa de explorar a interação virtual, e a Philips por ter apostado na idéia inovadora. Dessa maneira, a Philips quebra paradigmas entre vários anunciantes no que se refere à utilização de novos meios e formas de comunicação.

Idéias brilhantes existem, mas faltam oportunidades para que possam mostrar seu valor.

Abraço,
Hernani Santos